O "Judas" da base governista?



A cada dia que se a, a possibilidade de acreditar que houve fraude na votação para escolha da nova Mesa Diretora da  Câmara Municipal de Porto do Mangue (CMPM) é reduzida. Por isso, agora, buscam-se o "traidor", o "Judas".
Todos os anos, no Sábado de Aleluia (dia que antecede a Páscoa),  as pessoas costumam  realizar a  "Queima de Judas",  simbolizando a morte de Judas Iscariotes, discípulo que traiu Jesus Cristo. Em Porto do, a insistência em acreditar na possibilidade de fraude é na verdade uma caça ao "traidor". Parece que é preciso realiza o ato simbólico da "queima de Judas".
Ora, a traição, aparentemente, não é algo positivo. Quem quer ser traído? Só sabe a dor da traição quem já sentiu na pele. 
A pergunta é: e se Judas Iscariotes não tivesse "traído" Jesus Cristo o plano de salvação teria alcançado êxito? Às vezes, a "traição" pode ter seu lado positivo. Ela pode trazer a paz, a salvação, o júbilo.
É bem verdade que Judas Iscariotes não tinha nenhum motivo para "trair" Jesus Cristo. Mas era necessário que houvesse a "traição" para que tivéssemos a salvação, a paz, a abundância de espírito.
Em Porto do Mangue, diferentemente de Judas Iscariotes, o "traidor" tinha motivos de sobra para "trair"  o vereador Jailson Fernandes, que concorreu à presidência da CMPM pela chapa governista. Exemplos? O esposo da vereadora governista Alciene, o ex-vereador Hélio, foi condenado, recentemente, em um processo judicial. Quem abriu o processo? Jailson Fernandes. A mãe do vereador Izidro Junior, por muito tempo, foi perseguida, através de fortes denúncias, pelo vereador Jailson Fernandes.  Além desses vereadores, os outros vereadores governista também teriam seus motivos para votar no concorrente da chapa 1. 
Podemos filosofar sobre isso? Afinal perguntar não é pecado. Será que o próprio Jailson Fernandes, supostamente, poderia não ter vota na chapa governista? Por que, diante de tantas incertezas, uma coisa é certa: ninguém sabe quais foram os interesses e articulações nas montagens das duas chapas.      
Além disso, Jailson Fernandes demonstra dificuldade em se articular com os seus  companheiros. O grande erro de Jailson Fernandes foi algo simples e bobo: deixou escapar o vereador Joãozinho. Se ao invés de isolar Joãozinho, Jailson tivesse se articulado para mantê-lo no grupo, haveria apenas chapa única.
Jailson Fernandes acreditou que sem Joãozinho seria possível vencer a eleição. Realmente seria possível. Porém, o vereador  Jailson não conseguiu se articular com seus aliados, diferente dos vereados da chapa 2 que conseguiram um voto importante da base governista e assim ganharem a eleição da Mesa Diretora.
Mesmo que todos os cinco vereadores governistas persistam em afirmar que não há "traidor" no grupo, conjecturemos que o mesmo Judas que há dois mil anos traiu Jesus, foi o mesmo que voltou e votou no lugar de quem deveria supostamente votar em Jailson Fernandes.           

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