Descaso da Caern instaura graves problemas no abastecimento de água em Porto do Mangue


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Uma semana após o roubo das bombas e das fiações dos poços tubulares, os moradores de Porto do Mangue ainda sofrem com as condições precárias dos serviços de abastecimento de água prestados pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
Semana ada, o prefeito Sael Melo esteve, junto com dois secretários municipais, em audiência na sede da Caern em Natal. Sael cobrou resultados imediatos, solicitando ao diretor de planejamento e finança da Caern, George Freitas, que apresente soluções efetivas no abastecimento de água em Porto do Mangue. George Freitas garantiu que o abastecimento de água seria normalizado o “mais rápido possível”.  Até o exato momento, isso não ocorreu. Como bem cantou Cássia Eller: “Palavras, palavras. Apenas palavras. Palavras ao vento”.  
 Enquanto a Caern fica só nas palavras, o povo porto-manguense é quem sofre, regredindo a práticas antigas em que tem que esperar carros-pipas, fornecidos pela Prefeitura de Porto do Mangue, para carregar água em lata e baldes.
Um morador da cidade, que não quis se identificar, mostrou-se bastante indignado com a Caern: “Cadê a água que disseram que ia retornar. Que nada! Isso é conversa pra boi dormir. Enquanto isso, estamos aqui sofrendo sem água na cidade. É feio a Caern brincar com as pessoas”. Outros munícipes estão abrindo processos judiciais contra a Caern por não aceitar mais pagar por um serviço que não existe e quando existe é ineficiente.

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O presidente da Câmara Municipal de Porto do Mangue, Juscelino Gregório, fala em “rever” o contrato de concessão entre a Caern e o município.  Sobre isso, alguns pontos precisam ser bem observados. Primeiro, o abastecimento de água e esgotamento sanitário devem ser geridos pela Caern, na forma de uma concessão.  Segundo, quando o contrato foi celebrado entre o município de Porto do Mangue e a Caern, há mais de duas décadas atrás, é para ter ficado uma cópia do contrato na Prefeitura, uma na Câmara dos Vereadores e outra cópia no escritório da Caern.  O que acontece é o seguinte: esse contrato de concessão da Caern tomou um chá de sumiço. O mesmo não está nos arquivos da Câmara Municipal nem nos arquivos da Prefeitura. Isso é um agravante que prejudica ainda mais na resolução do problema, pois vale salientar que é por meio desse contrato que se pode saber quais foram os compromissos assumidos pela Caern com o município. É através do contrato de concessão que se sabe quais são as metas estabelecidas para melhorar o sistema de abastecimento da cidade por meio da ampliação das redes de água encanada para a comunidade, além do tratamento de esgotos. É no próprio contrato de concessão que se pode identificar os prazos de vencimento, ou seja, se o contrato está vencido ou não. É no contrato que se encontra quais as penalidades, caso a contratada (a Caern) não cumpra com suas obrigações. Então, como “rever” o que não existe? Como cobrar o cumprimento dos deveres da Caern se não se sabe quais são os deveres, pois as cópias dos contratos “evaporaram”?   
A Prefeitura de Porto do Mangue comunicou que, desde o ano ado, procura esse contrato de concessão da Caern, mas não encontra em seus arquivos. As gestões anteriores parece que não tinham a prática de arquivar com segurança esses tipos de documentos.
Ressalto a importância de se tomar medidas enérgicas contra Caern. Já estamos no “blá-blá” com a Caern há anos. Se a Caern não tem a capacidade  de prestar um serviço a nível da necessidade do povo porto-manguense que se procure outras opções como uma subconcessão para uma empresa privada ou que se procure declarar caducidade do contrato, uma rescisão através de processo istrativo. O que não se pode mais aceitar é o sofrimento dos moradores que pagam em dia suas tarifas de água e usufruem de um péssimo serviço de (des)abastecimento.
O descaso da Caern tem chamado a atenção da imprensa de outras cidades. Diversos blogueiros  têm notificado as irregularidades da prestação do serviço de abastecimento de água da Caern em Porto do Mangue.  

Por Julysson Charles

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