O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem um mais novo presidente: o ministro Luís Roberto Barroso. O ministro foi eleito hoje (16) e a partir de maio assume a presidência do TSE.
Barroso não perdeu tempo e já se posicionou sobre o adiamento das eleições municipais 2020. Para o presidente eleito, a realização das eleições deste ano depende da pandemia do Covid-19 (coronavírus).
Ontem (15) postamos uma matéria com o título "Sem choro nem vela" na qual mostra o que o TSE havia negado o pedido do senador Major Olímpio (PSL-SP) para adiar as eleições municipais deste ano.
No discurso de agradecimento à sua condução à presidência da Corte, Barroso manifestou preocupação com a saúde da população por causa da pandemida do novo coronavírus e do possível adiamento das eleições municipais marcadas para outubro.
“Nossa maior preocupação é com a saúde da população. Se não houver condições de segurança para realizar as eleições, como conversamos [ministros do TSE] em reunião informal e istrativa, nós evidentemente teremos que considerar o adiamento pelo prazo mínimo indispensável para que possam realizar-se com segurança.”, disse o ministro.
Barroso disse que o TSE não apoia o adiamento das eleições municipais de 2022, quando serão escolhidos o presidente da República e os governadores.
“Conforme pude conversar com cada um os nossos colegas, não apoiamos o cancelamento de eleições [de 2020] para que venha a coincidir com 2022. Nós consideramos que as eleições são um rito vital para a democracia, portanto, assim que as condições de saúde permitirem, nós devemos realizar as eleições”.
Qualquer mudança no calendário eleitoral depende, entretanto, de aprovação do Congresso, lembrou Barroso. Ele disse que a Justiça Eleitoral mantém contato com a cúpula do Legislativo para fornecer um parecer técnico a ser considerado em conjunto com "as circunstâncias políticas" relacionadas ao adiamento.
Por Julysson Charles
Foto: Reprodução
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